quinta-feira, 6 de julho de 2023

Ananaseiro

Pertencente à família Bromeliaceae, e de nome científico Ananas commosus (L.) Merr. esta planta é originária do continente americano. Descoberta na época dos Descobrimentos por espanhóis na América Central e pelos portugueses no Brasil foi difundida rapidamente pelo mundo tropical. É uma planta perene que possui folhas lanceoladas espinhosas, flores epígenas e frutos compostos, sorose. Na ilha da Madeira, o ananás é utilizado como alimentar e medicinal. 

Sabias que: Em meados do século XIX, o ananaseiro é introduzido em São Miguel nos Açores tornando-se num rápido exportador de ananás para o Reino Unido. As qualidades do fruto açoriano são reconhecidas pelos europeus, e hoje é uma marca da região. A certificação DOP (Denominação Origem Protegida) da variedade produzida confirma a qualidade do fruto. 


sexta-feira, 23 de junho de 2023

Os Santos Populares - manjerico

 Nos Santos populares, nas festas de Santo António (13 junho), São João (24 junho) e de São Pedro (29 de junho) é hábito, a utilização do manjerico como ornamental. Pertencente à família Labiatae, tem o nome cientifico de Ocimum minimum L., primo do Ocimum basilicum L. (majericão), e do Ocimum micranthum L. (erva aniz) e liberta um cheiro agradável. Planta anual, do Médio Oriente, as suas folhas são pequenas e ovadas e as suas flores brancas.  

Sabias que: No Santo António é costume os rapazes oferecerem às namoradas, um vaso com manjerico com uma quadra e uma flor de papel. 


sábado, 6 de maio de 2023

Goiabeira

 Originária da América do Sul e Central, a goiabeira, Psidium guajava L. pertence à família Myrtaceae. Os europeus conheceram a planta no século XVI através dos registos dos cronistas espanhóis. Os portugueses mais tarde, introduziram a planta na África e o Oriente onde rapidamente se difundiu. Na ilha da Madeira foi introduzida possivelmente do Brasil no século XVIII, como ornamental e alimentar. Este arbusto ou árvore de pequeno porte com folha persistente, fornece frutos mais ou menos globosos, de polpa rosada ou esbranquiçada, com um cheiro forte e sementes duras. Ainda hoje, é cultivada nas zonas mais baixas da ilha até aos 300 metros de altitude, sendo muito apreciado o seu fruto em fresco ou a sua compota. 

Sabias que: A goiabeira é da família do araçá-roxo Psidium cattleiannum Sabine, e do araçá amarelo Psidium guineese Sw.



quarta-feira, 18 de maio de 2022

domingo, 20 de março de 2022

Equinócio de Primavera

     O equinócio de primavera sinaliza o primeiro dia da primavera, o que ocorre todos os anos entre os dias 20 e 21 de março. O equinócio é uma palavra em latim que engloba dois termos com significados diferentes. Aequus significa "igual" e nox, "noite". O termo significa "noites iguais", isto porque a noite e o dia têm sensivelmente a mesma duração, 12 horas.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Equinócio de Outono

      Entre o 21 ou/a 22 de setembro comemora-se o Equinócio de Outono (latim: aequus, igual, e nox, noite) período em que o dia e a noite têm igual duração, exatamente 12 horas. É o instante em que o Sol, na sua órbita, cruza o equador celeste (coincidente com o da Terra). Neste instante, a luz do Sol incide com igual intensidade sobre os dois hemisférios.


quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Anis de Estrela

     Nativa do Mediterrâneo, o aniz de estrela, Illicium verum L. da família das Illiciaceae era conhecida na Antiga Grécia e Roma. Na época medieval, era um dos bens sujeitos a taxas, impostas por Eduardo I, que posteriormente seriam usadas para a reconstrução da Ponte de Londres. Era usada ainda, em pequenos saquinhos para perfumar as arcas repletas de tecidos de linho. Atualmente é usada no raki Turco, e ainda para aromatizar a aguardente. 

Sabias que?

Na ilha da Madeira, esta  espécie era usada para aromatizar aguardente com mel, adicionar aos bolos pretos ou inglês feitos na época natalícia juntamente com outras ervas aromáticas, tais como a canela (Cinnamomum zeylanicum) ou a noz moscada (Myristica fragans), etc. e ainda colocada dispersa entre o linho guardado dentro de grandes arcas de madeira de cânfora (Cinnamomum camphora)


sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Algo existe

 

Algo existe num dia de verão, 
No lento apagar de suas chamas, 
Que me impele a ser solene. 
Algo, num meio-dia de verão, 
Uma fundura - um azul - uma fragrância, 
Que o êxtase transcende. 
Há, também, numa noite de verão, 
Algo tão brilhante e arrebatador 
Que só para ver aplaudo - 
E escondo minha face inquisidora 
Receando que um encanto assim tão trêmulo 
E subtil, de mim se escape.”


Dickinson, E.

 

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Amendoim

      No Verão pelo fim do dia surge a necessidade de uma bebida fresca, uma cerveja, acompanhada com uns amendoins enquanto suspiramos por dias mais frescos e sentimos uma leve brisa no rosto.

Os amendoins, salgados, caramelizados ou salteados com sal e pimentão doce são consumidos avidamente, independentemente de sabermos a sua origem ou família botânica. Originário da América do Sul, os portugueses no século XV já os encontravam cultivados no Brasil, levando-os mais tarde para África. O amendoim, Arachis hypogaea L. pertence à família Leguminosae e é parente dos tremoçeiros ou da alfarroba, apesar do seu enorme interesse como planta alimentar, só se difundiu e a sua cultura intensificou-se, quando as suas sementes se transformaram em matéria prima para extração de óleo, este de grande consumo em países industrializados nas zonas temperadas. 

Os amendoins rapidamente ingeridos numa mesa de praia são sementes dentro de vagens de  uma planta com folhas compostas e de  flores amareladas, que depois de fecundadas penetram no solo formando a vagem, sendo muitas vezes confundidas com nódulos das raízes. 

Sabias que?

A maior utilização do amendoim é para a produção de óleo. Na ilha da Madeira é usado como aperitivo ou para a confeção de bolos de frutos secos na época do Natal, substituído as nozes ou as amêndoas por serem mais caras. 


sexta-feira, 9 de julho de 2021

Semilheira, Batateira

 A semilha (Solanum tuberosum L.) no seu estado selvagem tem uma existência milenar. A sua domesticação terá começado seis milénios antes da Era Cristã, sabe-se, que era cultivada pela civilização Inca na cordilheira dos Andes. Os primeiros relatos devem-se aos espanhóis no século XV, onde mencionavam nos seus registos, que eram um dos principais alimentos dos indígenas, tendo sido introduzida no velho continente no mesmo século. Teve ainda um papel importante, como alimento de subsistência na Escócia, Irlanda e Inglaterra  em meados do século XVIII. Em Portugal, as primeiras referências são do mesmo século, mencionando que era pouca usada comparativamente com a batata doce (Ipomoea batatas L.)

Esta planta anual pertence à família das Solanaceae, parente do tomateiro e da beringela, fornece vários tubérculos, a semilha. As folhas são alternadas, compostas de forma lanceoladas a ovoídes com flores brancas a rosadas, pentâmeras, e com frutos em forma de baga. 

Sabias que?

Na ilha da Madeira, a planta alimentar era antigamente utilizada para fins medicinais. As rodelas do tubérculo eram colocadas na testa dos enfermos para baixar a febre.